O LOBO E O CORDEIRO
A razão do mais forte é a que vence no final (nem sempre o Bem derrota o Mal). Um cordeiro a sede matava nas águas limpas de um regato. Eis que se avista um lobo que por lá passava em forçado jejum, aventureiro inato, e lhe diz irritado: - "Que ousadia a tua, de turvar, em pleno dia, a água que bebo! Hei de castigar-te!" - "Majestade, permiti-me um aparte" - diz o cordeiro. - "Vede que estou matando a sede água a jusante, bem uns vinte passos adiante de onde vos encontrais. Assim, por conseguinte, para mim seria impossível cometer tão grosseiro acinte." - "Mas turvas, e ainda mais horrível foi que falaste mal de mim no ano passado. - "Mas como poderia" - pergunta assustado o cordeiro -, "se eu não era nascido?" - "Ah, não? Então deve ter sido teu irmão." - "Peço-vos perdão mais uma vez, mas deve ser engano, pois eu não tenho mano." - "Então, algum parente: teus tios, teus pais. . . Cordeiros, cães, pastores, vós não me poupais; por isso, hei de vingar-me" - e o leva até o recesso da mata, onde o esquarteja e come sem processo. La Fontaine |
ATIVIDADES
1.Cite e descrevas as personagens da fábula.
2.O que o texto fala sobre elas?
3.Pesquise o significado das palavras a seguir no dicionário:
jusante
turvas
acinte
esquarteja
4.Que argumentos o lobo usou contra o cordeiro?
5.O que o lobo fez com o cordeiro no final do texto?
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